10/03/2022

Pesquisa setorial aponta crescimento médio de 18,7%


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Os dados fazem parte da pesquisa de mercado encomendada pela Anapp, que ouviu mais de 40 empresas com atuação em revestimento, tratamento alternativo, tratamento químico, acessórios e piscinas

Uma pesquisa de mercado encomendada pela Anapp revelou que o setor de piscinas, spas, lazer e wellness registrou um crescimento médio de 18,7% em 2020. O estudo mostrou ainda que esse crescimento foi alavancado por uma mudança no comportamento do consumidor que, por conta da pandemia, passou a investir no lazer residencial, buscando maior conforto, qualidade de vida e bem-estar. Tanto que a expectativa é que o setor ainda sinta o reflexo desse movimento e registre alta de 13% entre 2021 e 2022.

“A casa sempre teve uma alta valorização, mas no momento da pandemia se tornou o centro de todas as atenções, funcionando inclusive como remédio, porque foi ali que as pessoas se protegeram. Com isso, elas passaram a viver suas experiências dentro dessa casa, que desde então abriga o local de trabalho, de estudo para as crianças, de academia de ginástica e de lazer no fim de semana. Nesse sentido, as áreas comuns assumem um papel relevante, o que propicia para o setor de piscinas uma participação mais significativa”, explica a diretora da Toledo e Associados, Maria Aparecida Toledo.

Realizada pela Toledo e Associados, a pesquisa entrevistou mais de 40 empresas do setor que atuam em diversos segmentos da cadeia produtiva - piscinas, tratamentos alternativos, tratamento químico, acessórios, revestimentos etc - e constatou crescimento em todos eles. Entre as atividades com maior alta na demanda estão: piscinas instaladas de fibra, vinil e revestimento cerâmico (40,16%), ozônio (35%), aquecedor solar (33%), gerador de cloro (29,5%), acessórios de limpeza (25%) e iluminação (22,4%).

Cloro granulado e boiler foram os únicos segmentos que registraram crescimento de apenas um dígito, 3,4% e 7,2% respectivamente.

Apesar do cenário positivo, a pesquisa apontou que as principais dificuldades para o setor nos próximos dois anos são os custos com matéria-prima e o desabastecimento de insumos. A variação cambial e o frete internacional também se tornaram uma questão negativa relevante para os negócios, além do aumento da concorrência.

“Nosso principal objetivo ao encomendar a pesquisa é justamente fornecer informações que podem e devem ser úteis para o desenvolvimento do mercado. Hoje, qualquer atitude por parte dos empresários, sejam eles fabricantes, importadores, lojistas ou distribuidores, deve estar baseada em números e fatos. Não há mais espaço para tomar decisões de investimento ou ampliação do negócio, por exemplo, em cima de sensibilidade e achismo”, aponta o conselheiro, Adelino Ângelo, presidente da ANAPP no ano da pesquisa.

Entre as prioridades de investimentos das empresas nos próximos dois anos estão a melhoria e expansão dos canais de vendas e de infraestrutura. A única exceção é a indústria de tratamento químico, que terá foco maior em qualidade em detrimento à infraestrutura.

Esse levantamento representa o primeiro passo para uma mudança de paradigma do setor. Essa é a primeira vez que a Associação contratou uma empresa de pesquisa para tabular e analisar as informações do setor, conferindo ao estudo toda a credibilidade e isenção necessárias aos dados apresentados.

“Nosso objetivo era tirar qualquer desconfiança que pudesse existir de que a diretoria da Anapp poderia usar os dados das empresas participantes em benefício próprio. Por isso, mesmo com resistência, decidimos seguir em frente e tocar o projeto, pois fará diferença para o setor como um todo. A partir de agora, as pesquisas trarão mais informações e mais complexidade e vão representar de maneira mais fidedigna as tendências e necessidades do mercado”, finaliza Adelino.

A pesquisa completa está disponível para todos os interessados no canal da Anapp no youtube. Basta acessar https://youtu.be/Iovsg2AMcPM.

 

Fonte: Revista ANAPP Ed.161