14/11/2017

Estilo construtivo de piscinas na Argentina


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Por Kesher Conteúdo 

Um convidado muito especial veio da Argentina para abrir o 4º e último dia do Fórum, realizado no auditório da Expolazer 2017. Alejandro Salas (Nano Salas) é um famoso designer de piscinas em seu país e iniciou sua apresentação trazendo uma perspectiva sobre o mercado de piscinas na Argentina.

O país tem uma grande extensão horizontal, sendo o sul uma região muito fria e todas as piscinas ali são cobertas e
com aquecimento. Há aproximadamente 1,8 milhões de piscinas construídas. Não é uma informação exata, porque ali não há uma entidade como a ANAPP, para que haja um controle do mercado e seus números.

Nos últimos anos, houve uma explosão no segmento com muitos fabricantes americanos, espanhóis e muitos brasileiros que investiram no país e colaboraram para o aumento do número de piscinas instaladas. Estima-se que o mercado tenha um faturamento de U$ 420 milhões de dólares anuais e cerca de 800 empresas fabricantes de piscinas.

Nano Salas sugeriu que o mercado argentino pode ser um grande negócio para o empresário brasileiro, uma vez que o consumidor é bastante receptivo. Mostrou que, para se ter uma ideia, a grande maioria ainda conduz a manutenção de forma amadora e muitos ainda esvaziam a piscina para o uso no final de semana. “Na Argentina ainda está tudo por fazer!”

Em seguida, Alejandro mostrou como define seu trabalho de design, junto com o cliente, na decisão de se ter uma piscina de vinil ou alvenaria.

Culturalmente, há quatro coisas insubstituíveis para os argentinos, entre elas está o churrasco e a piscina, falou de forma bem-humorada, Nano Salas. As principais escolhas para a decisão do desenho (projeto) final da piscina são a definição do terreno, assim como, observar a posição do pôr do sol é muito importante, porque na Argentina as piscinas começam a ser utilizadas após o meio-dia, devido ao clima mais ameno.

Além da localização do terreno, os pontos chave para se ter o melhor desenho da piscina são a profundidade, o solário, os equipamentos de bomba, filtragem, automação, entre outros e, a escolha dos produtos de tratamento. Assim como, associar o desenho da piscina ao desenho da casa. Tudo tem que estar alinhado nos mesmos conceitos.

Antigamente, acreditava-se que quanto maiores e mais profundas as piscinas eram, mais prazerosa seria a sua utilização. Porém, a falta de conhecimento no tratamento da água, o perigo e a falta de praticidade, causavam muitos problemas aos proprietários. Este foi um dos conceitos que Alejandro e também seu pai, um dos pioneiros no assunto de piscinas na Argentina, implantaram aos poucos o conceito correto de até 1,50m ou 1,80m para a profundidade.

Ao finalizar, o palestrante apresentou um lindo projeto de restauração da fonte da cidade onde mora, a Província de Luján, que fica a 70 km de Buenos Aires. A fonte estava abandonada e o município não tinha verba para a reforma. A Plaza Colón, onde está a fonte, havia sido tomada por usuários de drogas e tudo estava muito degradado.

Alejandro realizou um belíssimo trabalho desde o novo desenho até a automação que foi usada, com jogos de luzes e iluminação do entorno. Uma grande festa foi realizada na cidade para a inauguração da fonte, com direito a queima de fogos e banda. Algo que realmente fez a diferença na vida de muitas pessoas. Um trabalho para realmente se orgulhar.