20/06/2018

Em busca do equilíbrio


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Acqua float é uma aula em cima de uma prancha inflável na piscina voltada para o condicionamento físico

Por Sergio Kapustan

No começo até parece difícil, mas depois de pegar o jeito de se equilibrar na prancha, é só seguir as orientações do professor, queimar calorias e curtir o momento. O Acqua float é uma dica para quem gosta de exercícios aquáticos podendo ser uma alternativa à hidroginástica.

Surgiu na Europa e depois se espalhou no mundo, nas academias.

Ao lado do acqua yoga, com exercícios e meditação, e o acqua Jump, em que o praticante faz exercícios aeróbicos (como saltos e simulações de corrida) em cima de uma minicama elástica, o acqua float tem como atrativo o “fator água”. Float é uma palavra inglesa que significa flutuar. Sua base é a prancha de surf inflável para realizar exercícios de curta duração e alta intensidade. É recomendado para pessoas com pouco tempo para se exercitar e que precisam melhorar a forma física. Mas adeptos do surf e da musculação, por exemplo, usam os exercícios na água como complemento.

Especialistas afirmam que a movimentação da água é um dos desafios para os praticantes, pois ficam em cima da prancha, e, ao mesmo tempo, repetem exercícios que costumam fazer no seco (piso), como agachamento, flexão de braços e abdominais.

O resultado disso é uma mistura de exercícios de yoga, pilates e funcionais

(Movimentos naturais do corpo). Paula Toyansk, da Bodytech Company, que tem duas marcas de academia – Bodytech e Fórmula–afirma que em 30 minutos de aula, com aquecimento e exercícios, é possível gastar até 210 calorias.

A representante da Bodytech explica que a primeira etapa do treinamento é o aquecimento, com adaptação à prancha e exercícios de equilíbrio. Prossegue com exercícios de força, resistência e aceleração da frequência cardíaca.

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Avaliação médica

Ao comentar essas novas modalidades aquáticas, o professor de cardiologia e medicina do esporte no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e no Hospital do Coração (HCor),

Nabil Ghorayeb, afirma que elas colocam maior intensidade aeróbica no ambiente da piscina, o que requer alguns cuidados.

Antes de entrar na piscina, o professor recomenda que o praticante tenha em mãos uma avaliação médica prévia, como eletrocardiograma e nas pessoas na faixa dos 40 anos, mesmo sem doenças conhecidas, o teste ergométrico em esteira ou ciclo (em torno de 10 minutos). “Com a avaliação médica, é possível evitar, por exemplo, problemas cardíacos, que são complicados”, reforça o médico.

Ghorayeb recomenda também que a temperatura ideal da água fique entre 27 e 28 º C.

Segundo ele, a água fria diminui o batimento cardíaco e aumenta a pressão sanguínea. A água quente diminui a pulsação sanguínea e aumenta o batimento cardíaco. Outra recomendação é realizar exercícios de uma hora de três a cinco dias por semana.

Fonte: Revista ANAPP Edição 138