06/09/2017

Diversão e alegria com segurança: os fascinantes brinquedos de piscinas.


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Por Mauro Boimel

Conheça as normas de segurança para a fabricação, instalação e utilização de trampolins, escorregadores e toboáguas!

Trampolins, escorregadores e claro, os tão queridos tobogãs, são a garantia de que a alegria e a diversão serão elevadas ao máximo! Não há nada melhor que isso para curtir com a família e os amigos! Para que a diversão esteja garantida sem contratempos, profissionais técnicos, instaladores, cuidadores de piscina e também os usuários, devem cumprir com seus papeis e obedecer à regras e normas, para tirar o melhor proveito desses fantásticos acessórios.

Há até pouco tempo, eles eram itens encontrados somente em clubes e parques aquáticos. Hoje, eles já estão amplamente disponíveis no mercado, onde muitas empresas oferecem esses equipamentos com a mesma qualidade, a mesma segurança das grandes instalações e com o mesmo profissionalismo, desde que a piscina atenda algumas exigências.

No mundo dos esportes, de acordo com José Ricardo Bahiana Fernandes, secretário de nado sincronizado e saltos ornamentais da CBDA, Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, “toda e qualquer instalação de plataformas e trampolins oficiais, têm que seguir as regras da FINA, disponível no site www.fina.org. Existem regras de como devem ser os equipamentos da modalidade”. A FINA (Federação Internacional de Natação) é uma entidade reconhecida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e todas as normas são inspecionadas e aprovadas por um delegado da FINA e membro do Comitê Técnico de Saltos. Neste caso, as determinações estabelecidas, envolvem todos os níveis da competição.

“Para que o atleta tenha segurança no momento do salto, a piscina deve ter uma profundidade de, no mínimo, 5 metros e plataformas de 1,3; 5; 7,5 e 10 metros. Além disso,deve ter uma metragem específica para instalação dos trampolins nas plataformas de 1 metro e 3 metros”, continua José Ricardo.

Em piscinas de uso coletivo e particulares, os itens mais usados são os escorregadores e toboáguas. Esses equipamentos devem obedecer a rigorosas normas de segurança desde a fabricação, até a utilização. Os fabricantes disponibilizam variados tamanhos. Uma curiosidade muito interessante é que, os dois maiores toboáguas do mundo estão aqui no Brasil, um no Park Resort Aldeia das Águas, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro e outro no Beach Park, Porto das Dunas, em Aquiraz, no Ceará.

Segundo o Guiness Book 2017, o Kilimanjaro, localizado no Park Resort Aldeia das Águas, é o maior toboágua do mundo! Foi construído em 1999 e mede 49,9 metros de altura. O nome é uma referência a maior montanha do continente africano, que fica na Tanzânia, com mais de 5 mil metros de altitude. O toboágua Kilimanjaro supera a altura da Estátua da Liberdade e sua descida atinge
a velocidade de 100 km/h. Já o Insano, que está no Beach Park, faz jus ao nome. A descida dos 41 metros de altura dura, em média, 5 segundos. Apesar de ser o segundo maior, é considerado o mais radical devido ao seu ângulo de descida.

Os escorregadores e toboáguas se diferenciam pela altura das suas instalações e, na maioria das vezes, são fabricados em fibra de vidro, com acaba mento em “gel-coat”, favorecendo o deslizamento. Segundo Marcelo Medeiros, gestor operacional do Park Resort Aldeia das Águas, “a equipe de manutenção preventiva, realiza um trabalho de polimento e cuidados periódicos, tornando a atração extremamente confiável”.

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Para que seja resistente, a estrutura deve ser galvanizada, através de um processo de aplicação de uma camada protetora de zinco ou ligas de zinco a uma superfície de aço ou ferro, de modo a evitar a corrosão.

Além da superfície em “gel-coat”, outra norma para evitar a abrasão da pele e garantir que o usuário deslize pelo toboágua é a permanente corrente de água sobre a área de deslizamento. A região de instalação deve ser preparada com piso especial antiderrapante e sapatas de concreto para receber a estrutura, além de chumbamento, de tal forma, que esta esteja fixada, não dando margem a movimentos. A peça deve estar acompanhada de lances de escada com barras de proteção e patamar de descanso.

A recepção do brinquedo deve estar adaptada, segundo o ângulo de descida e a altura do toboágua. Se a chegada é feita em piscina, esta deve obedecer a medida de, no mínimo 1 metro de altura, para tamanhos mínimos de escorregadores, sendo a metragem total mínima da piscina, 6 x 3m. A inspeção e a manutenção dessas peças devem ser feitas de forma constante por profissionais especializados. “No Aldeia das Águas, seguimos o padrão dos grandes parques aquáticos Insano – Beach Park Fortaleza e tratamos a água de todas as nossas piscinas com um rigoroso método químico de limpeza e purificação”.

O estabelecimento deve estar sempre atento, mantendo um ou mais responsáveis, monitorando a utilização e o fluxo de pessoas. Nas
piscinas que possuírem brinquedos do tipo “escorregador” e similares, com altura superior a 5 metros, deverão ter, além do guarda-vidas, um monitor treinado em emergências aquáticas, a fim de auxiliar os usuários dos respectivos equipamentos. Os acessos e as áreas circundantes aos brinquedos, deverão ser restritos e monitorados como forma de prevenção de acidentes. “O Kilimanjaro conta com dois operadores, um fica no topo da atração, e é o responsável por orientar os visitantes e esclarecer dúvidas. Ele só libera a descida, quando o operador que fica na piscina de saída do toboágua, autoriza através do rádio comunicador”, declara Júlio Sellani, gerente comercial e marketing do Park Resort Aldeia das Águas.

Também os usuários devem fazer sua parte. As normas, em ambientes públicos, variam de acordo com o tamanho do toboágua. No geral, o ideal é que sejam as mesmas também em ambientes particulares, mesmo que escorregadores e toboáguas sejam menores e recebam baixo fluxo de pessoas.

“A comunicação é feita por meio de placas de sinalização, estrategicamente posicionadas junto às atrações e pontos que exigem mais
atenção. As regras visam manter a segurança dos visitantes, bem como a conservação do equipamento. Guarda-vidas e funcionários orientam os clientes sobre a melhor forma de utilização”, finaliza Marcelo Medeiros.

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As regras de uso dos banhistas devem ser afixadas junto aos equipamentos / atrações, de forma clara para que todos possam visualizar. Confira as principais normas a serem seguidas pelos usuários nos toboáguas:

• Não ficar em pé durante o percurso;
• Não descer de cabeça para baixo. As pernas devem estar
esticadas e cruzadas junto ao equipamento, braços cruzados sobre o peito e queixo para baixo;
• Respeitar a profundidade da piscina e só utilizar se souber nadar;
• No geral, não é aconselhado para idosos, pessoas com problemas de osteoporose, gestantes, deficientes físicos e crianças abaixo de 5 anos. Todas as crianças devem sempre estar monitoradas por um adulto responsável e poderão brincar à vontade em equipamentos específicos para elas;
• Não permanecer na área da descida;
• Não levar objetos como “paus de self”, relógios, brinquedos, óculos, câmeras, celulares, etc.
• O traje ideal é o próprio para banho;
• O toboágua deve ser utilizado por uma pessoa de cada vez, não fazer “fila” ou “trenzinho” na descida;