20/02/2020

Atenção com os raios


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Embora sejam raros os acidentes, especialistas recomendam ao banhista sair da piscina e procurar abrigo em um imóvel ou dentro de um carro fechado

Os estados de Minas Gerais e Espírito Santo sofreram com o grande volume de chuva em janeiro. Cenas de alagamentos nos centros urbanos, córregos transbordando e deslizamentos de terra chocaram o País. Junto com a tempestade, a população se assusta também com relâmpagos, raios e trovões. O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explica a diferença entre os fenômenos. Relâmpagos são as descargas elétricas que ocorrem entre nuvens de tempestades. Os raios são descargas que, saindo da nuvem, atingem o solo. Apesar do barulho, o trovão – som produzido pelo rápido aquecimento e expansão do ar na região da atmosfera onde a corrente elétrica do raio circula é considerado inofensivo. Mas o deslocamento de ar é capaz de derrubar uma pessoa, caso esteja muito perto do local de incidência, podendo causar até a morte.

O ELAT disponibiliza uma cartilha detalhando os procedimentos para se proteger contra os raios. De acordo com a publicação, a possibilidade de uma pessoa morrer atingida por um raio é de 0,8 por 1 milhão de habitantes por ano no Brasil. Mas a probabilidade pode ser maior – da ordem de um para mil – dependendo de onde ela está e do que está fazendo durante a tempestade. Quando o assunto é piscina, o fundador e diretor médico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), David Szpilman, afirma que a maior preocupação é com os raios. Ele argumenta que a pessoa dentro da água é o ponto mais alto e, assim, mais vulnerável aos raios. Embora sejam raros os casos de mortes por descarga elétrica, ninguém está 100% seguro, alerta o médico. “A nossa orientação é: assim que a pessoa visualizar o relâmpago e ouvir o barulho do trovão, que saia imediatamente da piscina”. O ELAT/INPE (veja quadro) sugere que a pessoa não fique parada na beira da piscina ao ar livre e procure abrigo dentro de casa ou em um carro não conversível. Segundo o INPE, as mortes, em geral, são provocadas por descargas indiretas, que vem, por exemplo, pelo chão. As descargas também provocam incêndios ou queda de linhas de energia, o que pode atingir uma pessoa.

David Szpilman aborda as piscinas ao ar livre em residências e prédios, com para-raios, e as piscinas cobertas. No caso das cobertas, ele e o físico Wado Del Cima produziram um boletim em que analisam as estruturas metálicas presentes na cobertura e entorno da piscina. Segundo o texto, a cobertura da piscina feita de alumínio, estrutura metálica, concreto, tijolos e ferragens (ou a combinação destes) funciona como uma “Gaiola de Faraday” (blindagem elétrica), dando proteção elétrica. Entretanto, no caso específico da piscina coberta, David Szpilman diz que a água pode conduzir a descarga elétrica e, através das tubulações no seu entorno, atingir uma pessoa. “Não há no momento registro desse tipo de caso, mas a revocadas por descargas indiretas, que vem, por exemplo, pelo chão. As descargas também provocam incêndios ou queda de linhas de energia, o que pode atingir uma pessoa. David Szpilman aborda as piscinas ao ar livre em residências e prédios, com para raios, e as piscinas cobertas. No caso das cobertas, ele e o físico Wado Del Cima produziram um boletim em que analisam as estruturas metálicas presentes na cobertura e entorno da piscina. Segundo o texto, a cobertura da piscina feita de alumínio, estrutura metálica, concreto, tijolos e ferragens (ou a combinação destes) funciona como uma “Gaiola de Faraday” (blindagem elétrica), dando proteção elétrica. Entretanto, no caso específico da piscina coberta, David Szpilman diz que a água pode conduzir a descarga elétrica e, através das tubulações no seu entorno, atingir uma pessoa. “Não há no momento registro desse tipo de caso, mas a recomendação é prudência, porque não são feitos testes dos materiais (de composição diferente), portanto, não existe segurança total”, reforça o fundador da Sobrasa.

 

Fonte: Revista ANAPP Edição 149