20/06/2018

A vedete da sala


Compartilhe:

Projeto de piscinas dentro de casa, com água aquecida na temperatura certa, ganha adeptos e transformam o ambiente em área de convivência dia e noite

Por Sergio Kapustan

Que tal transformar a sala da sua casa em um ambiente de sonho, de diversão, mas que também proporcione momentos de relaxamento, como se fosse um spa, após um dia de trabalho? De olho na qualidade de vida e na possibilidade de desfrutar de um mergulho em águas quentes a qualquer hora, consumidores miram nas piscinas internas Piscina bem estruturada, com água tratada e quentinha e bem iluminada são as condições necessárias para dar um mergulho ou fazer uma hidromassagem sem se preocupar com chuva, vento ou excesso de sol.

Sem-título-2

Os tamanhos e formas são variados nos modelos de alvenaria e vinil. “Pensar em piscina dentro de casa é ter uma sala de estar molhada, como uma área de convivência social, ou seja, para o lazer com familiares e amigos”, explica o arquiteto Pedro Motta, que atua no mercado há mais de 40 anos.

Especialistas afirmam que a piscina interfere na decoração do imóvel e pode ser um diferencial de valorização. Entre os exemplos de projetos ousados está a construção de uma piscina na sala, que permanece fechada com um tampão de vidro quando não está sendo usada. Outro modelo arrojado coloca a piscina na condição de aberta (na área interna) e fechada, também separada por um vidro e aberta nas laterais.

Segurança, imaginação e baixa estação

Por estar em um local de convivência, onde as pessoas fazem diversas atividades, é recomendável que a piscina seja rasa e que tenha outros dispositivos, como piso antiderrapante, cerca de proteção e alarme.

A profundidade ideal é de no máximo 1,30 metros e o piso da borda pode ser, por exemplo, de granito levigado (semi poroso), com capacidade de absorver a água e evitar quedas.

“É importante que a pessoa possa ficar de pé, com a água abaixo do peito. Não podemos esquecer que famílias têm crianças e a piscina rasa é uma tranquilidade para elas”, comenta Pedro Motta.

Sala, varanda e terraço são pontos da casa que podem ter uma piscina, recomendam os especialistas. As opções vão desde a tradicional, ornamentada com cascata ou espelho d´água, até o mix–piscina e hidromassagem. “A piscina interna é uma alternativa para a época de baixa estação, de mais frio, principalmente. É um projeto que dá espaço para imaginação desde que tenha base técnica para o consumidor não se decepcionar depois”, explica o diretor da Caxangá Bombas e Piscinas, com sede em Recife

(PE), Marcelo Jucá, há 29 anos atuando nas áreas de projetos, consultoria e construção.

Marcelo destaca alguns aspectos importantes para tornar o ambiente interno com piscina mais charmoso, como revestimento de pastilha (de vidro ou porcelana), decoração do entorno e cuidados com a iluminação (natural e artificial).

Além da exigência do antiderrapante na borda, ele sugere ao redor a aplicação de porcelanato que imite madeira natural (tipo ipê ou maçaranduba) e deck de madeira. “Pode acrescentar também um vaso de barro ou uma planta natural, que combinam com a madeira”.

Na questão da iluminação natural, uma das sugestões é o vidro lowemission, que diminui em até 85% a intensidade de luz e calor, dando sensação “de sol de praça”, agradável. Além do telhado transparente, o proprietário tem opção do pergolado de madeira, usado em ambientes abertos e fechados, dando um aspecto de rusticidade.

Em relação à luz artificial, o modelo de led é o mais indicado por ser mais econômico. E dentro do clima de spa, além da hidromassagem, é possível instalar lâmpadas com diferentes cores para o tratamento de cromoterapia.

Trata-se de uma terapia alternativa que usa as cores para harmonizar e equilibrar o corpo físico e a mente.

Mercado atento e cuidados

Empresas especializadas em projetos e construção de piscinas avaliam que a piscina interna é um mercado com potencial de crescimento.

E para atender os clientes, lembram a importância de escolher um profissional que tenha condições de avaliar o tipo de fundação, evitando assim danos estruturais à moradia.

No caso de optar pelo modelo de alvenaria, colocar a malha de ferro, concretar o fundo e fazer a impermeabilização são alguns dos procedimentos que não podem ter erro técnico.

A impermeabilização é uma das etapas mais importantes. Como o concreto não é

100% impermeável, é preciso fazer a proteção. A impermeabilização protege a estrutura, garante a sua estabilidade e evita pontos de infiltração.

A perda de água nas paredes pode afetar tanto a estrutura quanto o solo ao seu redor. Quem opta pelo vinil fará os mesmos procedimentos.

Há 21 anos no mercado, a Pierre Piscinas, com sede em Bauru, no interior paulista, e experiência em projetos de piscinas de alvenaria, vinil e fibra, acrescenta outras medidas importantes como a automação da casa de bombas, facilitando a manutenção da piscina. “O ideal é instalar a casa de bombas na parte externa da residência evitando o ruído de motores e equipamentos”, sugere o diretor da empresa, Alan Pierre Linares. Também de Bauru, a Planeta Piscinas, há 10 anos trabalhando com construção e acessórios para piscinas, saunas e hidromassagem, reforça a importância do cliente adotar os mesmos critérios de manutenção de uma piscina aberta, como troca de filtro e limpeza, completa o diretor da empresa, André Jacob.

 Fonte: Revista ANAPP Edição 138