26/04/2017

Tratamento de Água – Temperaturas agradáveis


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Especialistas dão dicas essenciais de manutenção para manter as piscinas em uso durante o ano inteiro.

 

A temperatura é um tema que comumente causa discordância. Há quem adore o calor, enquanto outros preferem o frio. Com as piscinas aquecidas, temos praticamente a mesma situação que uma sala com várias pessoas onde há conflito para adequar a temperatura do ar-condicionado. Isso acontece porque a sensação de conforto térmico é muito particular. “Mesmo seguindo algumas recomendações, a temperatura da água da piscina dificilmente conseguirá agradar a todos”, comenta o diretor industrial da Fluidra, Sinderval Tarzia.

 A temperatura ideal depende de fatores como o tipo de utilização da piscina (fisioterapêutico, esportivo, lazer), intensidade da atividade física, faixa etária e condições especiais do usuário e temperatura ambiente. De modo geral, as temperaturas podem variar de 25°C a 28°C para práticas esportivas e competições, de 25°C a 30°C em academias, de 30°C a 32°C em piscinas para bebês e 32°C para hidroterapia.

Para manter as temperaturas constantes durante todo o ano, inclusive nas estações mais amenas, é indispensável o uso de aquecedores específicos. Eles podem ser coletores solares, bombas de calor, aquecedores elétricos e a gás, entre outros. “É muito importante a escolha de produtos devidamente certificados, a fim de garantir a segurança na operação e a eficiência desejada, já que são requisitos obrigatórios, determinados pelo Inmetro”, diz Tarzia.

Segundo o especialista de produtos da Pentair Water Quality Systems, Marcio Antonio da Silva, o consumidor deve prever mais de um sistema de aquecimento para que funcionem de forma complementar se necessário, dependendo da região onde estiver e a finalidade de manter a piscina aquecida constantemente. “As bombas de calor ajudam a suprir o coletor solar, porém, como retiram calor do ar ambiente, ficam vulneráveis diante de temperaturas mais baixas, como no inverno. Nessas condições, faz-se necessário o aquecedor a gás, por ser eficiente e independente das
condições climáticas”, exemplifica.

O planejamento do aquecimento das piscinas requer alguns cuidados. “Praticamente toda piscina tem condições de ser aquecida, e o que se sugere aos fabricantes é que mesmo.

 

Aquecimento personalizado

O aquecimento de piscinas deve buscar o equilíbrio entre gastos, eficiência e sustentabilidade. Saiba mais sobre as opções disponíveis.

• Coletor solar é a opção que produz calor com menos custo, porém, com a necessidade de observar se as condições
climáticas da região são adequadas para assegurar o funcionamento com o desempenho desejado durante o ano todo. Para maior confiabilidade, é de extrema importância ter um sistema de apoio para auxiliar em períodos quando as condições climáticas sejam desfavoráveis. A bomba de calor é uma opção de apoio e deve ser fabricada com materiais resistentes às características da água da piscina que possui cloro e outros agentes saneantes. . De acordo com o diretor industrial da Fluidra, Sinderval Tarzia, trata-se da opção mais sustentável ecologicamente, cabendo ser observada a etiqueta de certificação Inmetro de eficiência energética do produto.

• Bomba de calor, também conhecida como trocador de calor, é um equipamento que retira calor de outra fonte natural (por exemplo, o ar ambiente) para transferir para a água a ser aquecida. Normalmente, no Brasil, a maior oferta de bombas de calor para aquecimento de água é do tipo ar x água. As bombas de calor garantem o aquecimento durante todo o ano e são extremamente econômicas, pois possibilitam, em algumas situações, que cada 1 kWh consumido de energia elétrica chegue a produzir até 6 kWh de calor. São, portanto, equipamentos ideais para quem não quer ter nenhum outro equipamento de apoio. “É importante salientar que esse tipo de equipamento também só pode ser comercializado mediante a certificação de seguridade elétrica do Inmetro”, destaca Tarzia.

• Aquecedor a gás é um equipamento com valor de aquisição (investimento) relativamente menor do que as bombas de calor, mas com um custo de operação mais elevado. Deve-se atentar também para que o aquecedor a gás seja específico para uso em piscinas para garantir seu funcionamento em contato com a água da piscina, que geralmente possui algum tipo de tratamento químico, a fim de que não tenha diminuída sua vida útil.

• Aquecedor elétrico é um equipamento constituído basicamente por resistências elétricas, relativamente mais barato, mas com um custo operacional que chega a ser de quatro a cinco vezes mais caro se comparado com a bomba de calor. sem ter os equipamentos instalados no momento da construção, seja prevista uma linha hidráulica independente para que, no futuro, a instalação desses equipamentos seja feita de maneira mais simples e fácil”, aconselha Tarzia.

Para isso, é preciso posicionar os ralos de fundo e dispositivos de retorno de modo a garantir uma correta recirculação da água em toda a piscina e deixá-la com a mesma temperatura em todo seu volume. Também é importante posicionar os dispositivos do retorno de água quente a 30 cm acima do fundo da piscina. Outro ponto fundamental é o dimensionamento do sistema de aquecimento. Os coletores solares devem ser dimensionados com base no volume de água e na área da superfície da água da piscina. Já as bombas de calor devem considerar, além do volume da água, a temperatura desejada, a temperatura ambiente, se a piscina é fechada ou aberta e se há ação de ventos sobre a piscina. “O correto dimensionamento garantirá o resultado desejado e evitará futuras adaptações e correções nas instalações”, ensina Tarzia.

O entorno da piscina também precisa ser considerado, para que a diferença de temperatura interna e externa não cause desconforto.As piscinas cobertas e fechadas lateralmente costumam ter a temperatura do ar estabilizada,
pois há uma dissipação de calor da água que tende a tornar o ambiente mais confortável. “Como esse não é um cenário comum em residências, as dicas para minimizar os efeitos dessa diferença de temperatura é posicionar o
vestiário próximo à piscina, evitar longos deslocamentos, prever o uso de roupões na saída e evitar sair e retornar para a piscina em curtos períodos”, aconselha Tarzia.

Fonte: Revista ANAPP

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