02/01/2023

Saiba como evitar acidentes na alta temporada


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O verão chegou e, com ele, a maior demanda por piscinas públicas e privadas; confira algumas dicas para garantir a diversão segura dos banhistas

 

Chegou a época mais esperada do ano, tanto para o setor de piscinas, quanto para os banhistas, que esperam a chegada do verão para tirar férias e aproveitar a companhia da família em momentos de lazer. Entretanto, esse período de diversão também exige atenção para medidas de segurança, que ajudam a prevenir acidentes e afogamentos em piscinas públicas e privadas. Se você vai aproveitar o verão em piscinas de hotéis, condomínios, clubes ou até mesmo em residências próprias, não deixe de ler esta matéria com dicas para reforçar a segurança na piscina.

Atenção às crianças, presença de guarda vidas, conhecimento básico para casos de urgência, acesso controlado às piscinas e medidas contra sucção são as cinco medidas de prevenção ao afogamento do Programa Piscinas + Segura, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). As medidas atendem às recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater afogamentos em todo o mundo. A necessidade de prevenção fica ainda mais clara quando observamos o Boletim Epidemiológico 2022 da Sobrasa, que aponta que a cada uma hora e meia, uma pessoa morre afogada no Brasil, a maioria do sexo masculino.

O assunto fica ainda mais sério quando falamos sobre o público infantil. O afogamento é a primeira maior causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos e a segunda maior causa na faixa-etária de 5 a 9. Para evitar acidentes, é importante manter a distância máxima de um braço quando as crianças estiverem na piscina e restringir o acesso à estrutura quando não houver adultos por perto. “As cercas e portões não escaláveis, com auto travamento e altura de 1,10 metros são bastante seguros nesse sentido. Sugerimos também que banheiros, bacias e demais recipientes com água sejam esvaziados e controlados para garantir a segurança de crianças menores”, explica Antonio Santos, chefe do departamento Piscina + Segura da Sobrasa.

Realizar a manutenção das piscinas também é uma forma de manter a segurança dos banhistas, e apesar de ser um dever dos proprietários, toda a população pode contribuir conferindo algumas especificações. A instalação de tampas de ralo e bocais de aspiração é uma delas, pois previnem o aprisionamento de cabelos e outras partes do corpo. Os aparelhos de desligamento para a bomba da piscina também contribuem para a saúde dos banhistas e são exigidos por lei federal (14 327, art.2º).

“As piscinas também devem ter pelo menos dois pontos de sucção da bomba, responsável por fazer a água passar pelo filtro para tratamento, evitando assim a sucção por vácuo. Também existem outros sistemas que não necessitam de ralos nas piscinas, mas no geral, é muito importante que os profissionais que constroem piscinas respeitem a norma ABNT NBR 10339”, afirma Antonio. Ele lembra ainda que os proprietários de piscinas residenciais também têm o dever de atender às medidas de segurança para banhistas, incluindo a aplicação cercas e portões. Os proprietários de piscinas podem obter um certificado de segurança pela Sobrasa enviando um e-mail para sobra@sobrasa.org.

Por fim, Antonio explica que saber reagir em momentos de urgência também é muito importante para evitar cenários ainda mais graves. Em piscinas públicas, o primeiro ponto é conferir se um guarda vidas está presente para reduzir o risco de afogamento em casos de acidentes. Fora isso, é importante não se colocar em risco para realizar salvamentos e resgates sem a devida competência. Nesses casos, o indicado é ligar para os Bombeiros (193) ou Samu (192) e aguardar ajuda especializada. Mas para quem deseja aprofundar conhecimentos nesse sentido, existem cursos de Suporte Básico de Vida, que incluem práticas de massagem cardíaca e ventilação.

 

Fonte; Revista ANAPP Ed. 166