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Proteção, equilíbrio e segurança
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Você fez uma limpeza impecável em sua piscina, retirando todas as impurezas. Mas ao entrar na piscina, banhistas reclamam de irritação nos olhos e na mucosa. E então, fica a dúvida: como uma água limpa pode estar causando esses problemas? Na verdade, uma piscina saudável para uso requer mais do que a limpeza física. É necessário cuidar também de seu balanceamento.
Balancear a água significa estar atento à sua alcalinidade e ao seu pH. Esses termos, que lembram bastante as aulas de química na escola, podem parecer complicados à primeira vista, mas com conhecimento e os instrumentos adequados, é possível medir os valores na água e acertar sua correta padronização para uso em piscinas.
O termo ‘alcalinidade’ refere-se à medida total das substâncias presentes na água capazes de neutralizar os ácidos, ou seja, de atuarem como um tampão. A alcalinidade acontece devido à presença de carbonatos e bicarbonatos na água, bem como de íons hidróxidos, silicatos, boratos, fosfatos e amônia. Em uma piscina, recomenda-se mantê-la entre 80 e 120 ppm (partes por milhão).
Já o pH, ou “potencial de hidrogênio”, é o poder de concentração de íons de hidrogênio (H+) em uma substância. No caso da água da piscina, o ideal é mantê-lo entre 7 e 8.
De acordo com o engenheiro químico da empresa Damarfe Produtos Químicos (Neoclor), Sidnei Lima, é de grande importância entender o pH e a alcalinidade da piscina e mensurá-los sempre. Para ele, essa é uma forma de garantir a saúde dos banhistas e a conservação dos materiais, como rede de limpeza, escada e corrimãos. “A água da piscina com pH fora da faixa ideal poderá ocasionar problemas como irritação na pele de banhistas e redução da vida útil de alguns equipamentos”, destaca.
Quando o pH da água está abaixo do recomendado, eleva-se sua acidez, podendo afetar a pele e os olhos dos banhistas. Além disso, há a possibilidade de corrosão das partes metálicas dos materiais de uso nas piscinas. Já um pH acima do padrão configura uma água mais alcalina (básica), prejudicando a eficácia de alguns produtos utilizados no tratamento químico da água. Esse estado também costuma deixar a água mais turva e pode haver um processo de formação de calcários em tubulações e equipamentos.
Medição e correção
O mercado de piscinas e produtos afins oferece atualmente uma série de produtos que ajudam a medir e corrigir o pH e a alcalinidade da piscina, tais como fitas e kit testes. “Os kits para a alcalinidade total são compostos de um tubo de ensaio e dois reagentes líquidos. Os reagentes são um indicador e um titulante. Já os kits para pH possuem uma escala comparadora e uma bisnaga com reagente líquido”, explica Lima. Segundo o especialista, geralmente, o teste de pH é vendido em um kit para cloro e pH.
Na hora de adquirir os produtos, aconselha-se que seja verificada sua procedência e se eles estão registrados ou notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aos lojistas, a recomendação é de estarem preparados para orientar corretamente seus clientes. “Indico a participação em palestras e treinamentos sobre pH e alcalinidade da água da piscina para que estejam sempre informados e atualizados”.
Fonte: Revista Anapp Edição 131