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Praticar esportes aquáticos traz bem-estar e melhora a qualidade do sono
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Para alcançar esse e outros efeitos benéficos, é importante manter a regularidade e frequência, mas sem deixar de respeitar sua própria capacidade física
Recomendar a alguém que realize exercícios físicos pode ser algo complexo, já que muita gente simplesmente não gosta desse tipo de prática. Entretanto, existem alguns benefícios que realmente fazem valer a pena o comprometimento, entre eles está a liberação de dopamina, que provoca sensação de prazer e bem-estar ao organismo, e a melhora na qualidade do sono, que tem se tornado difícil de alcançar em época de pandemia, na qual muitas pessoas vêm sofrendo com ansiedade e insônia.
Segundo o Professor Marco Túlio, Educador Físico e representante do Conselho de Educação Física do Comitê Interdisciplinar da Associação Brasileira do Sono, o ideal é manter uma frequência de, no mínimo, quatro vezes por semana de prática moderada, entendendo que a carga de trabalho deve ser proporcional a quantidade de vezes que se treina por semana e por horas diárias. “Se uma pessoa sedentária fizer exercícios intensos numa carga muito alta, haverá problemas não apenas no sono, mas dor muscular, estresse e até um processo inflamatório nas 24 a 72 horas seguintes”, explica.
Apesar de os benefícios serem os mesmos para todas as práticas físicas, os esportes aquáticos, em especial, trazem um relaxamento ainda maior devido ao contato com a água. Além disso, é importante saber de onde vem essa sensação de prazer pós-treino. “Quando praticamos esportes, ocorre a liberação da endorfina, que é um peptídeo que nos ajuda na analgesia. A partir da endorfina, ocorre a liberação da dopamina no cérebro, sendo a maior fonte do prazer que temos”, esclarece Marco Túlio.
Segundo o profissional, existe ainda uma diferença entre o conceito de atividade física e exercício físico. Enquanto a atividade física é qualquer contração muscular que provoca um gasto energético, o exercício físico tem, necessariamente, um sistema de repetições, um cronograma e um objetivo a ser alcançado. Isso significa que subir escadas é uma atividade física, mas não um exercício. No caso de atletas ou pessoas que seguem uma prática frequente, note que há sempre uma constância, um objetivo e um sistema de repetições previamente definido por um profissional de educação física.
Para quem tem o interesse de iniciar a prática de qualquer esporte, é importante conversar com um médico para checar se há qualquer risco ou limitação física. Além disso, é essencial contar com o acompanhamento de um profissional experiente para que seja definido um treino personalizado, respeitando a capacidade física individual de cada atleta. Praticar exercícios sem acompanhamento e avaliação prévia pode trazer sérios problemas à saúde.
As vantagens dos exercícios aquáticos, além da melhora na qualidade do sono
- Hidrobike: as pedaladas dentro da água promovem a queima de calorias, tonifica os músculos, melhora o condicionamento físico, reduz dores e aumenta a capacidade cardiorrespiratória.
- Hidrojump: os exercícios são realizados em uma espécie de cama elástica debaixo d’água. Queima cerca de 500 calorias a cada 50 minutos e melhora a resistência física, além de aumentar a força e o equilíbrio.
- Hidroginástica: Indicada para todas as idades, a atividade queima cerca de 400 calorias por aula, além de ajudar no controle do colesterol e no aumento da capacidade respiratória.
- Hidroterapia: também conhecida como fisioterapia aquática, os exercícios são realizados na água com temperatura de 34ºC. Previne dores, melhora a circulação e diminui o estresse.
- Dança: as aulas mais comuns são as de zumba, mas é possível dançar qualquer ritmo dentro da piscina. Os movimentos são intensificados por conta da água, possibilitando a tonificação dos músculos e a queima de gordura.
Fonte: Revista ANAPP Edição 157