História
A paixão dos britânicos pelo futebol acabou inspirando a criação de uma modalidade completamente diferente, disputada dentro de uma piscina e utilizando apenas as mãos: o polo aquático. Antes de virar modalidade olímpica, o “futebol aquático”, como era conhecido no começo, teve a primeira partida oficial disputada em 1876 – apenas seis anos depois de seu surgimento como uma brincadeira para hóspedes de um hotel.
A evolução foi meteórica. Em 1880, já foi disputada a primeira competição internacional. Em 1888, veio uma mudança drástica: a criação dos gols. Até então, os pontos eram marcados quando a bola passava da linha de fundo. Esse detalhe, por sinal, ajuda a desvendar o mistério por trás do nome do esporte. O polo tradicional também se caracterizava pela marcação de pontos após a bola passar pela linha de fundo.
Mesmo tendo sido regulamentado oficialmente apenas em 1911, o polo aquático marcou presença já na segunda edição dos Jogos Olímpicos, em Paris-1900. Por muitos anos, a modalidade foi dominada pela truculência e pela força física de seus praticantes. Mas, aos poucos, a técnica foi ganhando espaço e acabou prevalecendo. Algumas regras ajudaram no processo, como o aumento da profundidade das piscinas e a limitação de tempo por posse de bola para 35 segundos.
Atualmente, o polo aquático é comandado pela Federação Internacional de Natação (Fina). O primeiro Campeonato Mundial da modalidade foi disputado em 1973 e conquistado pela Hungria, seleção que domina o cenário do esporte. Na última edição dos Jogos, no entanto, os húngaros ficaram apenas com a quinta colocação no masculino e a quarta no feminino. Os campeões foram Croácia e Estados Unidos, respectivamente.
Curiosidades
O dream team das águas
Nas piscinas do pólo aquático, nenhuma seleção é tão respeitada e temida quanto a da Hungria. Com 15 medalhas olímpicas na bagagem, os húngaros só são superados por uma equipe entre todos os esportes: a Seleção Norte-Americana de basquete. Os Estados Unidos conquistaram 14 medalhas de ouro nas quadras. A Seleção Húngara de polo aquático vem em segundo lugar, com nove títulos.
A Hungria chegou a Londres-2012 com a possibilidade de igualar um feito que apenas os britânicos tinham no currículo: vencer quatro títulos olímpicos consecutivos. Campeões em Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008, os húngaros tiveram a chance de igualar o que a Seleção Britânica fez nas quatro primeiras edições dos Jogos em que o polo aquático foi disputado. Mas o sonho virou decepção, com o quinto lugar em Londres. Foi apenas a sexta vez, em 21 participações, que a Hungria não subiu ao pódio no masculino.
Conquistas em família
Com tantas conquistas, a Hungria tem em sua história alguns dos maiores jogadores da história do polo aquático. Um deles é Dezsö Gyarmati, considerado por muitos o melhor de todos os tempos. Como jogador, Gyarmati participou de cindo edições dos Jogos, entre 1948 e 1964. Nesse período, ajudou os húngaros a conquistarem três ouros, uma prata e um bronze. Para completar a carreira espetacular, ele foi o técnico da Hungria que faturou o ouro em Montreal-1976.
A família de Gyarmati seguiu o mesmo caminho. Em 1952, ele se casou com Éva Székely, campeã olímpica nos 200m costas em Helsinque-1952. Do casamento, nasceu Andrea Gyarmati, que também dedicou sua vida à natação. Nos Jogos de Munique-1972, Andrea acrescentou duas medalhas para a coleção da família: prata nos 100m costas e bronze nos 100m borboleta, prova na qual ela chegou a deter o recorde mundial. Para completar o sucesso, Andrea se casou com Mihály Hesz, dono de mais duas medalhas olímpicas — um ouro e uma prata — na canoagem.
Acesse também
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)
Site:www.cbda.org.br
E-mail:tesouraria@cbda.org.br
Federação Internacional de Natação (FINA):www.fina.org
Fonte: Governo Federal