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Natação praticada com nadadeiras, finswimming chama atenção pela velocidade.
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“A Fórmula-1 da piscina”. O apelido impressiona. Natação praticada com alguns equipamentos do mergulho, como nadadeiras, máscara e snorkel, o finswimming ainda é praticamente desconhecido no Brasil. As primeiras braçadas se mostram promissoras. Na primeira competição disputada por um brasileiro, o carioca Bruno Frazão faturou duas medalhas de prata no Sul-Americano de Cartagena, na Colômbia, no fim de outubro, conquistando ainda a classificação para o Mundial do ano que vem, na Sérvia. Os praticantes sonham com a popularização do esporte.
O finswimming surgiu na Europa nos anos 50. O atleta nada sempre com a cabeça submersa, usando um snorkel para respirar. A velocidade chama atenção. Enquanto na natação o recorde mundial dos 50m livre é de 20s91, de Cesar Cielo, no finswimming a marca é de 18s41, na bifin (com dois pés de pato), e impressionantes 13s85 na monofin (nadadeira que lembra uma cauda de sereia).
O esporte ganhou espaço no começo do ano, na piscina do Botafogo, quase como um coadjuvante. Um grupo de bodysurfers — surfistas de peito — passou a treinar de olho em uma performance melhor nas ondas. O finswimming foi adotado como prática no treinamento e acabou crescendo e ganhando “vida própria”.
— O finswimming juntou a fome com a vontade de comer. Os esportes se completam — diz Mauricio Jordan, 57 anos, um dos pioneiros do esporte no país.
Se engana quem acha que finswimming e natação são tão parecidos.
— Se pegar um atleta da natação tradicional e colocar no finswimming, ele vai ter dificuldade. É diferente, ele precisa reaprender — diz Wallace Morgado, coordenador técnico do Botafogo.
Nadador do clube desde 2004, Bruno Frazão começou a treinar no novo esporte apenas três meses antes do Sul-Americano.
— Me surpreendi ao ficar em segundo. O esporte te dá um novo horizonte. Você sente que está bem mais rápido. O pé de pato vira uma extensão do seu corpo.