09/08/2017

Exercite-se!


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Conheça a hidrofitness, atividade de alta intensidade praticada dentro d’água.
Por Fernando Inocente

Se você está à procura de uma atividade física diferenciada, a solução pode estar dentro da água – e não é a tradicional natação nem a tão difundida hidromassagem. Trata-se da hidrofitness, modalidade desenvolvida por meio de exercícios que visam ao trabalho de condicionamento físico e força, utilizando a resistência da água. A educadora física de São Paulo (SP) Alessandra Toassa explica que eles, além de desenvolverem a resistência muscular localizada, devido à ação gerada pela água sobre o corpo, propiciam a sociabilização e uma grande queima calórica. “Durante as aulas, podemos usar diferentes equipamentos, como jumps, halteres, bolas, espaguetes, remos, bicicletas, thera-band, luvas, caneleiras e coletes de flutuação, entre outros.”

Segundo ela, em geral, as aulas com maior queima calórica são as chamadas circuitadas, que envolvem diversos aparelhos e trabalham muitos grupos musculares. Nelas, é possível fazer exercícios localizados, saltos, deslocamentos, corridas e exercícios abdominais. “Os equipamentos podem proporcionar exercícios com mais efeito de resistência do corpo na água, flutuabilidade e aumento na frequência cardíaca”, atesta a educadora física Paula Petri Corrêa, de Santo André (SP).

Por que hidrofitness?

A busca pelo exercício mais completo, em prol do “corpo perfeito”, é constante. Atividades das mais diversas estão por aí aos montes. Basta você se identificar.

No caso da hidrofitness, o maior diferencial das aulas dentro d’água é a diminuição do impacto nas articulações e a melhora do retorno venoso. Além disso, é uma modalidade adequada para qualquer faixa etária e nível de aptidão física. “Além de ser bastante dinâmica e trabalhar com diversos materiais, a aula auxilia no controle ponderal – relação do gasto calórico com as calorias ingeridas na dieta – e é extremamente adequada para o verão, pois a troca do calor corporal com a água acontece sem o desconforto do suor”, aponta Alessandra. “Normalmente, a hidrofitness é praticada por adultos, idosos, gestantes e pessoas com lesões ligamentares e, entre os principais benefícios que ela oferece, pode-se citar ganho de condicionamento físico, auxílio no controle de peso corporal e melhora no sistema circulatório. ”

Crianças podem praticá-la, desde que a piscina tenha uma profundidade segura, que permita que elas tenham o contato dos pés com o fundo e que os exercícios sejam feitos sem sobrecarga. Já os adolescentes, com uso de peso, só a partir dos 15 anos, para que não seja prejudicada a fase de crescimento. E o melhor: não existe idade máxima.“A hidrofitness é uma ótima opção para quem não gosta muito de academia, mas com as vantagens da prática dos exercícios e seus benefícios, como fortalecimento e definição muscular, fortalecimento das articulações, aumento da capacidade cardiovascular, flexibilidade e equilíbrio, além de conscientização corporal”, analisa Paula.

De acordo com ambas as educadoras físicas, a aula em si não tem contraindicações. Entretanto uma avaliação médica é primordial para recomendar ou inviabilizar a prática de exercícios com esse perfil.

hidrofit

Melhor prática

A profissional ressalta que é importante, durante a prática, que a pessoa esteja com a vestimenta adequada: mulheres com maiô e homens com sunga. Com isso, o objetivo é não atrapalhar os movimentos. Outro alerta antes de começar o exercício consiste em verificar a profundidade da piscina. “É fundamental deixar o corpo submerso até a região do peitoral. No caso dos alunos com receio de água, é importante mantê-los próximos às bordas da piscina”, explica a educadora física de São Paulo. Acima de tudo, é importante que o aluno respeite seus limites e capacidades, sem exagerar e sobrecarregar o corpo, para obter uma melhora crescente em seu desenvolvimento. “Também é primordial que ele tenha cuidados com a execução dos movimentos e saltos para que não se machuque, e sempre contar com a atenção e orientação do professor.”

Mais procurada pelas mulheres, Alessandra brinca dizendo que essa é uma atividade bastante democrática, tanto que vem aumentando a presença dos homens nas aulas. “Por desenvolver o condicionamento físico, o ideal é que seja praticada de duas a três vezes na semana, sendo que cada aula varia entre 45 minutos e uma hora”, diz. “Registros apontam o surgimento da ginástica aquática na Alemanha, inicialmente para um grupo de pessoas que necessitavam de bem-estar físico e mental sem movimentos que pudessem prejudicar as articulações. No Brasil, a modalidade chegou na década de 1980, sendo praticada em clubes, spas, hotéis e academias com diferentes denominações e variações, como hidrojump, hidropower e hidroaeróbica, entre outras”, revela Paula. E aí, gostou da ideia? Então é só se preparar e #PartiuHidrofitness!