Nosso blog
Chuva e piscina: uma dupla perigosa
Compartilhe:
Dados do relatório feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que no Brasil caem cerca de 77 milhões de descargas elétricas por ano. Com tamanha incidência, não é de se admirar que uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indique que 2% das mortes por raio no planeta acontecem em território brasileiro. Entre os anos 2000 e 2019 o Brasil registrou uma média de 110 mortes por ano. Ou seja, mais de dois mil óbitos em duas décadas.
E esse é justamente o motivo pelo qual o diretor de Relações Institucionais da Sobrasa, Régis Amadeu, reforça a importância de não se usar a piscina durante as chuvas. “A piscina por si só não atrai raios. Isso é um grande mito. O grande perigo de nadar durante uma tempestade é que o corpo do banhista, que está para fora da água, acaba funcionando como um pára-raios atraindo a descarga elétrica”, explica.
Ainda de acordo com o especialista, a medida mais segura durante uma tempestade é sair da água e se abrigar em um local seco e fechado. Isso porque a água e o cloro são condutores de eletricidade, sendo assim se um raio cair em algum ponto da piscina ou da área de lazer, a energia poderá ser conduzida até a pessoa.
De acordo com o Elat, 9% das vítimas de raio estavam próximas a corpos d’água. Destes, 37% na areia da praia, em um calçadão ou na margem de um rio; 27% pescando; 16% navegando; 10% dentro do mar; 9% dentro de rio, represa, cachoeira, piscina, etc.
“Chuva e piscina não é uma boa combinação. Além de todo o risco das descargas elétricas ainda existe o perigo de incidentes aquáticos. Com o chão molhado e escorregadio é muito importante evitar brincadeiras ao redor da piscina, por isso restringir o acesso com uso de grades ou cercas antiescalonáveis traz maior segurança”, afirma Amadeu.
O especialista alerta ainda que apesar das piscinas cobertas serem uma opção em dias de chuva é fundamental que a estrutura esteja devidamente equipada com pára-raios, tenha um aterramento e o auto de vistoria dos bombeiros como forma de garantir a segurança dos usuários.
Fundada em 1995 por um grupo de médicos e guarda-vidas, a Sobrasa tem atuado como um órgão de convergência na prevenção de afogamentos e incidentes, de todas as atividades de esporte, lazer e trabalho na área aquática. No site da Sobrasa é possível saber mais sobre a organização, sua atuação no Brasil e ter acesso a todos os projetos e conteúdo sobre segurança e prevenção contra incidentes aquáticos. Acesse o site www.sobrasa.org.
Fonte: Revista ANAPP Edição 156