13/06/2023

A arte de construir piscinas


Compartilhe:

Os aspectos técnicos e construtivos são fundamentais para garantir a qualidade e segurança dos momentos de lazer e bem-estar

As últimas décadas foram marcadas pela popularização das piscinas residenciais. Um movimento que proporcionou o crescimento do setor e colocou o Brasil como o segundo país no ranking mundial em número de piscinas, com aproximadamente 3 milhões de instalações aquáticas.

 

Diante desse cenário, uma série de normas, produtos e tecnologias foram desenvolvidos e aperfeiçoados com o intuito de trazer qualidade e segurança aos usuários e evitar acidentes, como o que ocorreu este ano em um condomínio residencial no Espírito Santo, em que uma piscina desabou sobre a garagem por conta de uma falha estrutural.

Uma das grandes conquistas do mercado foi a publicação da Norma Técnica ABNT NBR 10339:2018 “Projeto, Execução e Manutenção de Piscinas” que estabelece os requisitos e parâmetros para projeto, construção, instalação e segurança no uso e operação, aplicáveis a todos os tipos de piscinas. A norma abrange questões que se referem a terminologia, classificação, projetos (tanque, casa de máquinas, paisagismo), instalações elétricas e hidráulicas, equipamentos, segurança e reformas.

Há 35 anos no mercado, a engenheira Elizabete Inagaki Anan administra a loja Vida e Sol Piscinas, em Taubaté, destaca que apesar da vasta quantidade de informações e regulações, o grande desafio do setor é a qualificação e o conhecimento integral das normas que regem e afetam o projeto e execução de uma instalação aquática.

“A NBR 10339 é a mais abrangente, mas existem muitas outras normas como de concreto e de impermeabilização, por exemplo, que impactam diretamente em um projeto de piscina. O que percebo é que o conhecimento se perde e cada etapa da cadeia conhece um pedacinho da norma. O que mais recebo são projetos hidráulicos de excelentes escritórios de engenharia que conhecem a norma mas não entendem ou conhecem de equipamento e acabam instalando bocais direcionados para lados distintos e a pobre coitada da água fica que nem uma boba dentro da piscina”, explica Elizabete.

Elizabete Inagaki Anan, engenheira e administradora da loja Vida e Sol Piscinas, em Taubaté

De acordo com a especialista, a atuação da Anapp, como entidade de classe, é fundamental nesse processo de orientar o consumidor a encontrar profissionais e empresas que sejam capazes de unir todas as pontas e entregar os melhores produtos e projetos a partir da necessidade de cada cliente. “A verdade é que em qualquer situação é possível resolver estruturalmente uma piscina, mesmo em áreas alagadiças. Até porque se não fosse assim não existiria piscina no meio de um rio, como na Alemanha. O que existe são soluções mais indicadas para cada situação. Piscinas de fibra, por exemplo, tem a limitação do transporte até o local de instalação por ser uma estrutura pré-fabricada. Terrenos de difícil acesso podem inviabilizar essa escolha”, argumenta.

Tipos de Piscinas

Uma série de fatores devem ser levados em consideração na hora de escolher o tipo de piscina, uma vez que desde a área do terreno até o orçamento disponível impactam diretamente no projeto. Como qualquer produto, as piscinas de alvenaria, fibra e vinil têm vantagens e desvantagens, e a escolha pelo material deve levar em consideração as necessidades e desejos de cada cliente.

“Por isso é tão importante estar assessorado por profissionais capacitados, cada projeto tem uma característica diferente. Escolher profissionais associados ao Crea ou ao Confea, exigir a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e a emissão de Nota Fiscal são algumas das ferramentas que podem ajudar o consumidor e garantir a segurança e qualidade da sua piscina”, finaliza.

Tipos de piscinas

 

Fonte: Revista ANAPP Edição 158