02/03/2020

Rumo às Olimpíadas


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Troféu Brasil definirá, entre 20 e 25 de abril, os nadadores (masculino e feminino) que vão representar o País em Tóquio. Time verde-amarelo já tem 12 vagas garantidas na competição.

Milhares de fãs vão torcer e prestar atenção nas cinco modalidades de esportes aquáticos nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, será realizado durante o verão de 2021nado sincronizado, maratona aquática, polo aquático e saltos ornamentais. Com a modalidade natação, a Revista ANAPP inicia a série de reportagens sobre o tema, mostrando o movimento do cenário brasileiro (dentro e fora das piscinas) em uma das competições mais importantes do mundo esportivo.

Do ponto de vista da organização, a natação brasileira, infelizmente, viveu momentos complicados em 2019. Entidade esportiva de peso, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) passou por situações conturbadas com a troca na presidência e a perda de patrocínio dos Correios. No entanto, como são os clubes que investem no esporte, a expectativa é de que o Brasil tenha um bom desempenho em Tóquio. Diante do cenário que envolveu a Confederação, a tarefa de organizar a natação brasileira está nas mãos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Apesar do ambiente conturbado, foi nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, que a natação alcançou o melhor resultado de sua história na competição. No total, foram 30 medalhas aos atletas: dez de ouro, nove de prata e onze de bronze. Os brasileiros bateram dois recordes – revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre –, e vibraram, por exemplo, com o ouro de Guilherme Costa, nos 1.500m livres, e acompanharam o duelo com os americanos no 4x100m medley masculino, com a vitória dos Estados Unidos.

De acordo com a organização dos Jogos de Tóquio, o Brasil já assegurou 12 vagas na natação: 4x100m livre masculino (quatro vagas), 4x 200m livre masculino (quatro vagas) e 4x 100m medley masculino (quatro vagas). Seletiva e estrelas A CBDA, por sua vez, divulgou a data da Seletiva Olímpica para a formação do time brasileiro nos Jogos de Tóquio: agendada de 20 a 25 de abril, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. A competição de seis dias terá eliminatórias e finais. Apenas os tempos das finais serão considerados. É a primeira vez que será realizada somente uma seletiva. Na Rio-2016, aconteceram duas disputas. Vão pular nas piscinas, do complexo esportivo, atletas de cinco estilos: livre (de 50m a 1.500m), costas (100m e 200m), borboleta (100m e 200m), peito (100m e 200m) e Individual Medley (200m e 400m). Serão classificados o campeão e o vice de cada prova. Até o início da competição, técnicos, dirigentes e jornalistas avaliam quais atletas têm chances de conquistar medalhas no Tokyo Olympic Aquatics Center (Centro Olímpico). Com área de cerca de 65.500 metros quadrados, o espaço foi construído especialmente para abrigar o evento. A inauguração está prevista para este mês de fevereiro. O local é comparado ao Cubo D´Água, que sediou a disputa na natação em Pequim-2008 e chamou a atenção do mundo pela beleza.

Ouro em Lima nos 50m livre e medalhista no revezamento 4x100m livre em torneios mundiais recentes, Bruno Fratus é considerado uma das apostas de ouro no Japão.

As atenções também estão voltadas para Etiene Medeiros, que iniciou o ano se preparando na Espanha. No Pan de Lima, a atleta conquistou cinco medalhas, destacando-se com o ouro nos 50m livre. Para Tóquio, projeta disputar provas nos 50m livre, 100m livre e 100m costas. Na equipe americana, entre os destaques esperados está Caeleb Dressel, esportista do porte da estrela Michael Phelps, também dos EUA e com oito medalhas obtidas em Pequim. Foram oito vitórias e sete recordes mundiais quebrados por Dressel. No Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Gwangju, na Coreia do Sul, no ano passado, Dressel bateu o recorde de medalhas: seis de ouro e duas de prata, tornando-se o maior medalhista em um único Mundial. Ele foi ouro nos 50m e 100m livre, nos 50m e 100m borboleta, no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m livre misto.

 

Fonte: Revista ANAPP Edição 149