03/01/2017

Proteção para a piscina


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Impermeabilização valoriza empreendimento e diminui custo com manutenção corretiva

Ao construir ou reformar, a impermeabilização da piscina é um dos passos mais importantes da obra. Se passar desapercebida, pode causar muita dor de cabeça e gastos desnecessários com reparos.

Todas as áreas ou superfícies em contato direto com a água ou umidade precisam de impermeabilização. A piscina bem impermeabilizada dificilmente terá suas estruturas desgastadas pela umidade, além de ficar protegida contra fissuras, fungos, corrosão, deterioração do concreto etc.

Para Eliene Ventura, gerente do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Vedacit, fabricante de produtos químicos para construção, “a impermeabilização é essencial para aproveitar a piscina com segurança e sem futuras preocupações”. Ela acredita que uma piscina impermeabilizada valoriza o empreendimento, preserva o patrimônio e diminui o custo com manutenção corretiva do revestimento, da instalação elétrica e hidráulica e até as despesas com o paisagismo.

Em primeiro lugar, é preciso especificar o produto impermeabilizante de acordo com o uso ou a finalidade de cada área, o tipo de acabamento e a forma com que a água atua. É preciso atentar, inclusive, se a estrutura está enterrada ou elevada, se está exposta ao vento, sol e chuva, entre outros aspectos.

O impermeabilizante, segundo Eliene, pode ser à base de asfalto diluído em água (emulsões), solvente (soluções), resinas, cimentícios e poliméricos.

No grupo dos asfaltos estão as mantas asfálticas pré-fabricadas e as membranas, conhecidas como “mantas líquidas”. As resinas compõem um grupo de produtos para proteção superficial.

Os cimentícios e os poliméricos compõem as argamassas poliméricas. Nesse caso, os produtos são mono ou bicomponentes (compostos por cimento modificado e um polímero, podendo ser base acrílica ou copolímero).

Ainda segundo a gerente, os produtos mais utilizados na impermeabilização de piscinas são os cimentícios e os poliméricos e os de base asfáltica.

Como aplicar o impermeabilizante?

Para a aplicação, primeiro é preciso definir qual será a estrutura: concreto ou alvenaria? Bloco ou tijolo? Importante saber se a piscina ficará enterrada ou elevada, analisar o solo e as áreas circundantes. Depois dessa etapa, é preciso validar os projetos e fazer as adequações necessárias. Para Eliene, a compatibilização com as instalações elétrica e hidráulica é fundamental para o serviço.

“Antes da aplicação do impermeabilizante, é necessário avaliar a estrutura, pois outros serviços podem ser necessários”, prossegue Eliene.

Ela conta que para a piscina enterrada de concreto, o produto mais usado é o de base cimentícia. Para as piscinas de bloco ou tijolo, é preciso inserir um adesivo, depois um reboco com aditivo impermeabilizante e quatro demãos de um cimentício.

Na piscina elevada de concreto, geralmente é utilizado o cimentício flexível. Se a piscina for de bloco ou tijolo, o tratamento é similar ao da piscina enterrada, substituindo o acabamento pelo cimentício flexível. Outro produto utilizado para impermeabilizar as piscinas elevadas é a manta asfáltica.

Mas não adianta utilizar o melhor produto impermeabilizante se o usuário não fizer a manutenção de forma correta. “Deve-se criar um plano de manutenção preventiva ao longo da vida útil da piscina. As áreas contempladas no material precisam ser tratadas rigorosamente, obedecendo ao calendário. A manutenção não deve ser feita somente quando surgir uma patologia”, conta Eliene.

É preciso ficar atento, também, para que não haja falha na aplicação do impermeabilizante. Ela ocorre quando não são seguidas corretamente as recomendações do fabricante quanto ao preparo da base, consumo dos produtos e forma de aplicação. Falta de projeto e mão de obra sem experiência também são “culpados” pela falha na aplicação.

“É importante ter um projeto minucioso para que o planejamento da obra contemple todo serviço a ser realizado. Caso seja necessário fazer uma intervenção na obra e a impermeabilização estiver danificada, é importante contatar imediatamente o responsável técnico para que o reparo seja executado. O usuário final também deve ser conscientizado quanto à manutenção preventiva. E sempre procurar orientação técnica e, se for o caso, consultar o fabricante”, recomenda Eliene.

Fonte: Revista ANAPP edição 130