25/07/2019

Pista livre em São Paulo


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Grupo Setorial obtém revogação da proibição de transporte de piscinas de fibra de vidro nas rodovias estaduais por três meses

 

O Grupo Setorial de Piscinas de Fibra da ANAPP trouxe, no início de abril, uma boa notícia para a indústria e o varejo: O DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem), que administra o sistema rodoviário do Estado de São Paulo, autorizou a emissão de Autorização Especial de Trânsito - AET - pelo período de três meses, desde que cumpridas as exigências legais. O transporte de piscinas em fibra de vidro nas rodovias paulistas estava suspenso desde o início do ano.

Uma reunião do Grupo Setorial com o DER resultou no cancelamento da medida provisoriamente até 2 de julho (confira as exigências no quadro). A decisão beneficia fabricantes e lojistas paulistas e dos demais Estados. A cadeia movimenta a economia e gera postos de trabalho em todas as regiões do País.

No que se refere ao mercado nacional de piscinas de fibra, São Paulo representa boa parte dos setores industrial e lojista. São pelo menos 20 fabricantes operando no território paulista. A posição geográfica do Estado é também estratégica por ser um importante corredor e distribuidor de piscinas para todo o território nacional.

Concentra ainda as principais indústrias de matéria-prima utilizada na fabricação de piscinas, destacando-se resinas plásticas, géis de pintura e a própria fibra de vidro.

Próximo passo:  regularização definitiva A autorização é um documento expedido pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para veículo ou combinação de veículos utilizados no transporte de carga, que não se enquadrem nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN -, conforme Resolução 210, de 2006. O coordenador do Grupo Setorial, Gilmar Pretto, explica que os representantes esclareceram ao DER que a emissão de AETs para circulação de veículos transportando piscinas em rodovias federais, bem como nas rodovias estaduais dos demais estados da federação continuavam de forma normal, sem as restrições exigidas pelo DER-SP. “Após ouvir os nossos argumentos, o DER decidiu pela autorização excepcional e provisória de três meses às empresas da ANAPP, um passo importante para o setor”, destaca Gilmar Pretto. Ele reforça que o GS da ANAPP continua mobilizado para ter a regularização definitiva do transporte de piscinas de fibra de vidro, por meio de ação judicial movida pela ANAPP. “Entendemos que DER-SP deve fornecer as AETs pelo prazo mínimo de um ano às empresas, contemplando medidas de comprimento de até 23 metros e largura até 3,20 metros, conforme portaria 64, de 21 de dezembro de 2016, do próprio DER”. Gilmar Pretto ressalta que a ANAPP manterá os associados informados sobre os desdobramentos dos próximos encontros com as autoridades estaduais.

Especificações técnicas

O transporte de piscinas de fibra é realizado por um reboque tipo “carretinha”, no qual a piscina é amarrada e engatada em caminhões modelo ¾, conhecidos como VUCs (Veículos Urbanos de Carga), de menor porte e indicados para circular em áreas urbanas. As carretinhas possuem baixa emissão de poluentes, com as seguintes medidas máximas: 2,2 metros de largura e 6,3 metros de comprimento, com capacidade de transporte de até três toneladas. O VUC tem dimensões apropriadas para o transporte de piscinas. Um modelo de altura máxima de 4,95 metros, por exemplo, passa facilmente sob viadutos, passarelas e fiações.

Segundo Gilmar Pretto, as empresas entendem que, no caso de transporte de piscinas de fibra, a carga é “indivisível unitizada” (termo utilizado em logística para definir materiais agrupados ou sistemas que combinam produtos em quantidades que podem ser movimentadas ou combinadas como unidades únicas). No entanto, há modelos de piscinas de fibra com tamanhos de até de 12 metros de comprimento, exigindo veículos com reboque (em geral projetados pelo próprio fabricante).

Mas quando os reboques são acoplados ao caminhão alcançam comprimento de até 23 metros(medida respeitada pelos fabricantes), exigência essa que limita a produção de piscinas maiores, cumprindo assim a resolução 1, de 2016 do DNIT, que trata do peso dos eixos ou linha de eixos na vias públicas. Nesse aspecto, Gilmar Pretto observa ainda que, por serem produtos leves (em consideração ao seu tamanho), as piscinas de fibra seguem as especificações técnicas da resolução, como, por exemplo, o peso por eixos isolados - 7,5 toneladas por eixo. “As cargas transportadas dificilmente atingem três toneladas, sendo que os fabricantes de piscinas têm buscado respeitar todas as normativas no que se refere ao peso e horário de transporte para garantir segurança no transporte e qualidade aos seus produtos até o consumidor final”, encerra o representante da ANAPP.

Fonte: Revista ANAPP Edição 146