08/11/2021

Olho vivo na qualidade da água


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Medição regular do pH e do cloro, por meio de kits ou aparelhos eletrônicos, é o primeiro passo para tratamento eficaz

Avaliar a qualidade da água da piscina é tão importante quanto o tratamento para que se mantenha limpa e protegida contra a ação bactérias e agentes contaminantes de diferentes espécies. Existem no mercado aparelhos automatizados e kits de produtos que fazem a medição do cloro residual livre e do pH adequados e balanceados para manter a água limpa e segura para os banhistas.

Alan Correa, gerente de produtos da ProMinent Brasil (uma das 32 subsidiárias de origem alemã) expert em sistemas de tratamento de água medição e controle automatizados, explica que, na maioria das vezes, as medições nas piscinas de pequeno e médio porte são realizadas de forma pontual. Entre os fatores que podem interferir na qualidade da água estão a exposição intensa ao sol e aumento da frequência de usuários. Nesses casos, recomenda-se uma avaliação imediata. “Clubes e academias, por exemplo, fazem o controle diariamente, em até quatro vezes ao dia, e, por isso, indicamos o sistema on-line de tratamento”, destaca lembrando que o controle deve ser visto como medida preventiva.

O equilíbrio da água da piscina é observado quando o pH está neutro, ou seja, na faixa de 7 ou 7.2, e cloro, ao redor de 2 ppm (partícula por milhão). Quando o pH fica abaixo dessa medida revela que a água está ácida, fato que pode gerar irritação da pele, problemas no cabelo e corroer metais e rejuntes da piscina.

 

No caso da marca acima do limite desejável, a leitura é de que a água está alcalina, podendo ficar turva e prejudicar a reação química do cloro, responsável pela desinfecção da piscina. Em algumas piscinas grandes, abertas, que recebem muita poeira, o controle do pH também permite a avaliação de coagulantes ou floculantes, substâncias que tornam a água cristalina e aglomeram as partículas pequenas de sujeiras suspensas em flocos, facilitando o tratamento da água.

Há duas formas de fazer o controle: com equipamentos que têm sensores e controladores, que permitem o acompanhamento e o tratamento on-line (indicados principalmente para piscinas grandes e movimentadas, como de clubes e academias) ou por produtos de bancadas, com analisadores digitais que utilizam reagentes, a partir da amostra da água, coletada manualmente, obtém resultado na hora.

O método on-line é indicado principalmente para piscinas grandes, como de clubes, parque aquático e academias, que recebem grande número de usuários e, por isso, requerem uma operação mais rigorosa. O sistema pode ser monitorado à distância e tem autonomia de tratamento, sensores que fazem a medição e a dosagem, por meio de contato com bombas dosadoras. Avisa, por exemplo, se o cloro está baixo, acionando o alarme. “O sistema garante a qualidade da água durante todo o dia, sem a necessidade de tratamentos emergenciais na piscina. O equipamento dispõe de registro de dados, que permite traçar um gráfico do histórico das medições por longos períodos.”, reforça Correa.

Em piscinas de pequeno porte, pode ser usado o kit portátil também conhecido como analisador digital. Com um custo médio de R$ 500 acompanham os reagentes para as medições. O mercado oferece também a opção do sistema on-line com um investimento a partir de R$ 4.600.

 

Fonte: Revista ANAPP Edição 141