02/01/2021

Lazer na pandemia


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Parques aquáticos e Resorts reforçam proteção e treinam colaboradores para receber visitantes e garantir uma diversão segura

Com um clima tropical que apresenta altas temperaturas até nas meias estações, o brasileiro se viu sem opções de lazer com piscinas durante a pandemia, uma vez que parques, resorts e hotéis foram fechados como tantos outros estabelecimentos. Após meses de portas fechadas, muitos desses espaços já reabriram, mas com a capacidade reduzida e protocolos de saúde reforçados.

O Wet’n Wild é um exemplo. O parque aquático localizado em Itupeva, São Paulo, fechou suas portas em março de 2020 e só voltou a operar sete meses depois, em setembro, com 15% da capacidade como precaução adicional. Aos poucos o parque chegou aos 40% conforme a liberação do Plano São Paulo.

A medição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, uso de máscaras e distanciamento de mesas, cadeiras e espreguiçadeira são protocolos padrão para esses estabelecimentos, mas tratando-se de um parque aquático, os cuidados não param por aí. Segundo Bruno Baldacci, Gerente de Marketing do parque, a higienização foi intensificada e a cada uma hora é realizada a fiscalização de cada departamento, inclusive nas piscinas.

“A água já passa por um rigoroso sistema de tratamento para limpeza e desinfecção, sempre com objetivo de inativar microrganismos patogênicos. As piscinas são tratadas com cloro gás, um dos produtos químicos com maior concentração de cloro. Ainda assim, técnicos especializados fazem o controle dos níveis de cloro e pH de todas as piscinas a cada uma hora. Banheiros, vestiários e armários também têm um sistema de higienização específico”, afirma.

O mesmo acontece nas unidades do Tauá Resorts. Segundo Felipe Castro, Diretor Operacional do Hotel Tauá Atibaia, tem sido feito um controle rígido do pH das piscinas, além de um cronograma de pulverização dos espaços internos e externos do hotel. O estabelecimento mantém fechadas a sauna e a área Baby por tempo indeterminado.

Os espaços de alimentação desses estabelecimentos também passaram por reformulações devido à pandemia. “Adotamos um sistema de agendamento com horários para as refeições e, no Room Service, temos o formato delivery com itens descartáveis e em sacolas personalizadas. Além disso, agora nossos cardápios são acessados apenas via QR Code”, explica Castro.

Quanto ao Wet’n Wild, a sugestão é que os visitantes utilizem o método de pagamento Wet Money nas lanchonetes e lojas do parque. Trata-se de uma pulseira de consumo exclusiva que evita o contato com máquinas de cartão e cédulas. Caso o visitante não opte por essa forma de pagamento, o uso de cartões ou aplicativos por aproximação é a melhor alternativa.

Para que fosse possível oferecer lazer com segurança, os colaboradores desses estabelecimentos foram devidamente preparados para receber os visitantes e os treinamentos obrigatórios pela ANVISA fazem parte dessa preparação. Além dos novos EPIs de segurança como os face-shields e a máscara facial (substituída a cada 3 horas) para os funcionários, o Wet’n Wild também tem oferecido gratuitamente sacos plásticos com fecho ZipLock para que o visitante guarde a máscara enquanto estiver nas piscinas e tobogãs do parque, únicos locais em que a proteção não é obrigatória por conta do contato com a água.

Apesar da retomada, a expectativa para a alta temporada ainda é vista com cautela. Segundo Castro, o movimento do Hotel Tauá Atibaia já está acima da média levando em conta todas as limitações da pandemia e deve continuar positivo na alta temporada, mas não como antes. “Será menor, comparando com outros anos, devido às limitações de disponibilidade. Nossa expectativa é gerar experiências ao ar livre na alta temporada, para que as famílias possam curtir com total segurança”, afirma.

Para Baldacci, o receio inicial da população diminuiu, principalmente devido aos processos anti-COVID-19 implantados pelo parque. “Somado a isso, o clima está ficando mais quente e estamos chegando perto da capacidade permitida, mas a expectativa de público ainda é muito incerta. Esperamos que haja permissão para trabalhar com 100% da capacidade ou próximo disso, assim conseguiremos operar mais dias. Apesar disso, temos consciência que o momento requer cuidado e atenção. O mais importante, neste momento é a saúde de nossos visitantes e colaboradores.

Apesar de nenhum desses estabelecimentos proibir a entrada de um público específico, os responsáveis contam com a conscientização de todos para evitar que pessoas dos grupos de risco saiam de casa e tenham qualquer contato com o vírus. Atualmente, só está desautorizada a entrada de visitantes sem máscara e com temperatura corporal a partir de 37,5ºC.

 

Fonte:Revista ANAPP Edição 154