13/12/2021

Festas e Baladas sem acidentes


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Profissionais dão dicas de como manter a diversão, com proteção, de adultos e crianças em eventos organizados na piscina

 

“A prevenção é a alma do negócio”. A frase é do porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, capitão Marcos Palumbo, ao comentar as baladas, festas de formaturas, celebrações do Natal e Ano Novo e o início da temporada de verão. É o período em que adultos, jovens e crianças lotam as piscinas de clubes, associações ou vão mais frequentemente a sítios, aumentando o risco de acidentes – dentro e fora dos equipamentos aquáticos.

Quando o assunto é cair na piscina, os especialistas recomendam aos organizadores desses eventos que façam primeiro uma inspeção do local in loco ou por meio de fotos (o WhatsApp é uma excelente ferramenta de apoio), passando essas informações posteriormente aos profissionais e recreadores que vão trabalhar.

É preciso saber diferenciar grupos de crianças, que por sua natureza são curiosas, e manter adultos as observando em todos os momentos. Cuidados redobrados exigem também adolescentes, jovens e adultos em festas que oferecem bebida alcoólica, que, quando ingerida sem controle, podem provocar acidentes, como quedas próximo à piscina e afogamento.

Além dessas informações, eles afirmam que o ideal é contratar um guarda-vidas, mas reconhecem que a medida é quase sempre descartada por envolver um custo adicional e falta de informação. Por isso, reforçam a importância de saber as condições do local em que será a realizada a festa. Marcos Palumbo observa que as crianças devem sempre ser priorizadas. “De maneira geral, a criança vai se divertir em um local que não conhece e não identifica áreas de risco”, justifica o bombeiro.

Perigo para pessoas e animais

Isolar a piscina, de preferência com um portão ou grade, verificar as bordas e escadas, conhecer a sua profundidade e desligar o motor são algumas das recomendações para que a festa e a baladas ocorram sem acidentes (veja o quadro com as principais dicas).

Ao explicar o trabalho do Corpo de Bombeiros, que só pode atender ocorrências e não fazem a verificação prévia do local, o capitão Marcos Palumbo lembra que o acesso restrito à piscina é a forma de evitar acidentes com crianças e animais. “Já socorremos cachorros e até vacas que se afogaram por falta da cerca de proteção”, revela.

Palumbo sugere ainda que sejam tomadas medidas que facilitem o trânsito de pessoas no entorno da piscina e para que evitem brincadeiras nos pontos mais fundos. “Não existe melhor recomendação que o bom senso”, acentua o capitão. Ele acrescenta que o Corpo de Bombeiros ou outro órgão público não fiscalizam as condições das piscinas por falta de uma legislação federal.

Vistoria técnica

O diretor da Balada Animada (SP), Rodrigo Braga, que trabalha com crianças e jovens, compara as medidas de segurança a um checklist. Ele explica que consultas as famílias que o procuram para festas de aniversário, formaturas e confraternizações. “Trata-se de fazer uma visita técnica e saber quem são os convidados e, a partir disso, tomar as providências para garantir a segurança, como sinalizar a área de convivência e isolar/controlar o acesso à piscina. Se há muitas crianças, vamos sugerir o desligamento do motor da bomba de sucção. Outra preocupação é com a cor da água: o tom cristalino permite verificar o fundo da piscina e sugerir a instalação de uma plataforma plástica diminuindo a profundidade, prevenindo acidentes”.

Outra empresa que trabalha com crianças, jovens e adultos, o Grupo Anima Brasil (SP) foca na necessidade de orientar quem contrata a festa a cuidar dos convidados na hora da diversão. “Como nem todos têm contato com a água no dia a dia, o profissional deve explicar ao cliente, principalmente o adulto, que é perigoso jogar uma pessoa na piscina de brincadeira”, afirma o diretor Paulo Vinicius Souza.

Paulo Vinicius reforça que em festas com consumo de bebida alcoólica o cuidado deve ser ainda maior. “O correto nesses casos é evitar brincadeiras que podem colocar em risco a integridade física da pessoa”, destaca.

 

Fonte: Revista ANAPP Edição 141