03/08/2023

Afinal, como fazer a limpeza de piscinas coletivas?


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Em prédios, condomínios, clubes e parques, basta o calor começar a dar as caras para que as piscinas voltem ao centro das atenções. Naturalmente, os banhistas que frequentam esses espaços vão sempre exigir que a água esteja nas melhores condições, bem tratadas, cristalinas e higienizadas — responsabilidade que recai sobre o piscineiro, que precisa lidar com o grande desafio de fazer a limpeza de piscinas coletivas.

Isso porque as piscinas que têm a manutenção negligenciada podem ser fontes de doenças sérias, além de contribuírem para o surgimento de irritações nos olhos e na pele. E tudo isso se intensifica ainda mais quando falamos de espaços públicos, que são frequentados por diversas pessoas e possuem janelas curtas de tempo para uma manutenção adequada — cerca de 10 a 12 horas horas por dia.

Diante desse cenário, o responsável pela limpeza de piscinas coletivas sabe que não há muita margem para erros e correções e, por isso, é importante que estabeleça e siga uma rotina regrada e certeira.

Entendendo o tamanho do desafio

Nos clubes, parques aquáticos e, basicamente, em qualquer lugar com piscinas de uso comum, é fato que o uso intenso do espaço cobra seu preço. Primeiro que, com o entra e sai de banhistas, a água fica suja mais rápido por todos os motivos que já conhecemos bem: os pés descalços carregam a poeira do chão para a água, a oleosidade natural do corpo se espalha e, claro, as células mortas se concentram em abundância.

Mas não é só isso. Outra questão que prejudica muito o processo de limpeza de piscinas coletivas é o uso de produtos e loções químicas por parte dos visitantes, como é o caso do protetor solar e do bronzeador. Essas soluções se dissolvem na água e criam camadas gordurosas nas bordas da piscina, deixando aquele aspecto de mancha de óleo cor de arco-íris na superfície.

E esse talvez seja o principal obstáculo do tratador. Até porque, se pensarmos em um cenário mais caseiro, o uso de óleo bronzeador em piscinas residenciais dificilmente resulta em contratempos mais sérios a longo prazo, já que a rotina regular de manutenção desse espaço se encarrega de impedir a formação de depósitos oleosos. Em piscinas públicas, por outro lado, a situação pode se agravar bastante de um dia para o outro!

8 dicas valiosas para otimizar a rotina de tratamento

Se você é responsável pela limpeza de piscinas coletivas, é importante entender os detalhes da rotina de tratamento e saber que alguns cuidados são indispensáveis para garantir que a água esteja sempre pronta para receber os banhistas. Por isso, organizamos uma lista de boas ações que podem contribuir e dar mais assertividade para o seu dia a dia. Confira:

1 – Estabeleça um horário para fechar a área da piscina

Quando o assunto é o tratamento da água, não há atalhos: você vai precisar aplicar os produtos químicos e esperar seus respectivos tempos de ação. Por isso, antes de qualquer coisa, determine um horário fixo para fechar as piscinas e começar a trabalhar na sua manutenção. O ideal é que você tenha pelo menos 10 horas de intervalo entre o fechamento e a abertura dos portões.

2 – Confira os parâmetros químicos pelo menos duas vezes por dia

Quem nos acompanha aqui no blog já sabe que, antes de começar a rotina de tratamento, é preciso conferir o equilíbrio químico da água, medindo o pH, o cloro livre e a alcalinidade — assim, o tratador saberá exatamente quais indicadores precisam de correção. Mas a dica, aqui, é conferir esses índices uma segunda vez antes de liberar a piscina para os banhistas. Assim, caso algum ajuste pontual precise ser feito, você ainda terá tempo.

3 – Cuidado redobrado com a acidez da água

A acidez da água é um dos parâmetros que devem ser acompanhados durante qualquer rotina de limpeza. Quanto mais baixo, mais ácido é o estado da piscina. Para que o cloro cumpra sua função de desinfecção, por exemplo, este indicador precisa estar entre 7,2 e 7,6 ppm. Corrigi-lo pode ser trabalhoso e, em piscinas coletivas, o pH pode sair de controle bem rápido. Por isso, fique atento!

4 – Garanta que você está usando a motobomba adequada

Como o tempo é essencial na dinâmica de limpeza de piscinas coletivas, é importante conferir se a motobomba da casa de máquinas é compatível com o tamanho e o volume de água desse espaço. Se a piscina for muito grande e a motobomba oferecer uma pressão muito fraca, os produtos não vão se diluir corretamente, prejudicando o tratamento e criando pontos de proliferação de algas e bactérias.

5 – Conheça o volume da sua piscina

Mais do que avaliar se a motobomba é adequada, conhecer o volume de água do seu tanque também é fundamental na hora de calcular as quantidades certas de produtos para aplicação durante a limpeza de piscinas coletivas. Afinal, cada fabricante recomenda uma quantidade específica, que deve ser rigorosamente respeitada para evitar dores de cabeça. 

6 – Na alta temporada, cuidado com obstruções nos ralos

Não tem jeito: quando o uso da piscina se intensifica, cabelos, folhas, plásticos e outros itens acabam sendo puxados pelo ralo e ficando presos nas grades. E se o tratador negligenciar o problema, é só uma questão de tempo até que o acúmulo de resíduos comece a afetar a pressão de sucção da casa de máquinas — o que nos leva novamente para o problema da falta de pressão na motobomba.

7 – O flutuador não está dando conta? Coloque mais um!

Via de regra, os flutuadores pequenos são indicados para piscinas com capacidade entre 10 e 30 mil litros. Já os grandes são indicados para piscinas entre 30 e 70 mil litros. E é aqui que uma grande dúvida atormenta muitos tratadores: se a piscina tem mais de 70 mil litros, qual o procedimento? Não tem segredo: utilize mais de um flutuador, soltando cada um deles em uma extremidade.

8 – Insista na utilização da ducha

Por fim, lembre-se que a ducha é uma aliada poderosa da limpeza de piscinas coletivas: boa parte das células mortas, da oleosidade natural do corpo e das loções corporais são eliminadas nesses chuveirinhos e, por isso, incentive os banhistas a utilizarem corretamente. Afinal, isso significa garantir a segurança e o bem-estar de todos.

 

Fonte:blog.belpiscinas.com.br