22/06/2023

A famosa borda infinita veio para ficar


Compartilhe:

Apesar de não ser novidade, a técnica caiu no gosto do consumidor e chegou, inclusive, aos grandes centros urbanos

 

A verdade é uma só, a sensação de amplitude e o efeito de um horizonte sem fim transbordam beleza e elegância. Não é à toa que, apesar de não ser novidade no mercado, as piscinas com borda infinita têm sido a principal escolha de empreendimentos residenciais e comerciais nos últimos tempos, inclusive em grandes metrópoles como São Paulo. É cada vez mais comum encontrar edifícios com piscinas com a borda campeã de curtidas nas redes sociais em seus rooftops.

CEO da Cia da Piscina há sete anos, Emerson Martins, confirma que a demanda de projetos com borda infinita aumentaram consideravelmente e que os arquitetos estão com um olhar diferenciado, buscando unir efeito de planta ao visual de horizonte.

Emerson Martins, CEO da Cia da Piscina

O engenheiro civil e diretor técnico da Comarx, Luiz Henrique Marques, vai mais longe e afirma que as piscinas com borda infinita e transbordantes, em geral, já estão em quantidade similar às piscinas tradicionais.

“Sem dúvidas o visual de horizonte, seja natureza abundante, montanhas, mar, lagos ou algo especial a ser observado são fundamentais para a aplicação da borda infinita. Mas alguns outros pontos precisam ser levados em consideração na hora de executar um projeto como esse”, explica Martins.

A primeira coisa a se avaliar é se a condição de desenho arquitetônico condiz com as necessidades técnicas de execução.

Marques destaca que ter espaço suficiente para construir um reservatório com volume correspondente a pelo menos 10% da área superficial da piscina em m³, uma casa de máquinas que permita as bombas trabalhar afogadas em relação ao reservatório e revestimento da borda perfeitamente nivelado para permitir o transbordamento regular, são requisitos básicos para esse tipo de piscina. “As piscinas com borda infinita teoricamente podem ser de qualquer forma de construção. Mas é imprescindível ter certeza de possuir o espaço necessário para o reservatório, que pode ser inclusive a própria canaleta, se atender às dimensões necessárias”, explica.

Luiz Henrique Marques, Diretor Técnico da Comarx

De acordo com Marques, outro ponto a se levar em consideração é que, diferente do senso comum, as piscinas de borda não precisam ser de alvenaria. “O vinil ou a manta armada são materiais que se encaixam perfeitamente em projetos com borda infinita”, esclarece.

Além disso, por mais incrível que possa parecer, a segurança em instalações desse tipo tende a ser maior. “A segurança ativa nas piscinas transbordantes é maior, pois as bombas fazem sucção através do reservatório de compensação, diminuindo o perigo de sucção pelos ralos de fundo. Entretanto as bordas devem ser cuidadosamente estudadas para prevenir o risco de acidente”, finaliza Marques.

 

Fonte:Revista ANAPP 162